terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fundamentos da educação especial

   Para compreender a educação especial, é fundamental remeter-se à história da mesma no Brasil. A partir do século XX, a sociedade estava envolvida pelos pilares da ciência moderna, acompanhando as idéias evolucionistas vindas da Europa. Com isso, os rumos da educação brasileira foram mudando, e por conseguinte, os rumos da eucação especial. Dois períodos na evolução da educação especial no Brasil foram de 1854 a 1956 - iniciativas oficiais e particulares isoladas; e de 1957 até a presente data - iniciativas oficiais de âmbito nacional.
   Na década de 70, dá-se início no Brasil, a concepção de integração/segregação, tal princípio foi um grande subsídio legal e filosófico em oposição às formas de caráter segregativo, enquanto isso, na Dinamarca, o princípio de noramalização já estava posto. De acordo com Goffredo(2009), normalização se caracteriza pela idéia de permitir que o deficiente possa dispor de condições de vida o mais próximo possível das outras pessoas comuns. Integração é um processo, o que difere de normalização, que é objeto.
   O preconceito entre os iguais existe e é fruto da sociedade e até mesmo de seus governantes. A antiga LDB (Lei 4024/61) apresentou o artigo 88, que propunha atendimento ao deficiente "dentro do possível" na educação regular, e o artigo 89, que garantia apoio financeiro às instituições particulares. Não havia o empenho do Estado em assumir plenamente o compromisso com a educação dos alunos deficientes. Hoje podemos dizer que esse descaso do governo com a educação especial é velada, mas continua. O preconceito ainda é um obstáculo para os diferentes. A diferença deve ser entendida como essência da humanidade e não exceção à regra, no entanto, o preconceito afasta essa essência dos demais, excluindo e segregando os sujeitos diferentes. a integração do aluno com deficiência depende também do professor qualificado, além disso, a falta de estrutura emocional para acolher as limitações do aluno pode interferir na dinâmica escolar.
   O termo "inclusão" passou a ser utilizado no Brasil, a partir da Declaração de Salamanca, que recomenda a educação inclusiva em escolas regulares, em forma de lei ou política, para todas as crianças independente das condições físicas, intelectuais e sociais. A nova LDB de 1996, leva em consideração as condições de alguns alunos deficientes, na medida em que eles podem ou não permitir a integração plena.
   A nomenclatura é irrelevante, o que se pretende é construir uma sociedade que ofereça aos seus cidadãos condições de existencia plena e digna, independente de suas posses, etinia, cultura, religião ou condições incapacitadoras. Além disso, essa sociedade não deve ser construída descartando a infinidade de diferenças que as pessoas apresentam.

2 comentários:

  1. ola Ju, parabens pelo blog, tenha uma ótima semana....bjs Fernanda

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  2. O aluno especial, é o nosso tesouro, afinal ele pertence ao nosso mundo, este que é tão egoísta e adepto aos preconceitos de todos os gêneros, o importante é valorizar a imagem do ser humano, e não apenas se importar com o ter!
    Eles, os "especiais", necessitam de todo amor imcondicional que nós temos tanta dificuldade em oferecer!!
    Seja especial!!!

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